FEI e Amazonastur discutem o ordenamento do turismo em comunidades indígenas

Técnicos trataram das atividades desenvolvidas na RDSs do Tupé, Puranga Conquista, Tatuyo e Diakuru, no Baixo Rio Negro
Técnicos já identificaram as dificuldades e potencialidades turísticas de cada comunidade.
FOTO: Janailton Falcão

Técnicos da Fundação Estadual do Índio (FEI) e da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) se reuniram para tratar do ordenamento da atividade turística nas comunidades indígenas localizadas nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDSs) do Tupé, Puranga Conquista, Tatuyo e Diakuru, no Baixo Rio Negro. A reunião ocorreu na última quarta-feira (25/11).

De acordo com Fabrício Corrêa, diretor técnico da FEI, os técnicos da fundação já estiveram em outro momento visitando as quatro comunidades, onde puderam identificar as dificuldades e potencialidades turísticas de cada corpo social que recebe turistas do Brasil e do mundo durante o ano inteiro.

“A atividade turística nessa região é de suma importância tanto para os indígenas quanto para os ribeirinhos que moram nessas localidades. Para isso, é preciso que eles trabalhem de forma ordenada, consciente e responsável, tanto o parente que vai receber o turista quanto o operador que irá levar o visitante a essas comunidades”, argumentou Fabrício.

Inúmeras empresas de turismo operam nessa região e, segundo dados da Amazonastur, no primeiro semestre de 2019, houve um aumento de 64,67% na regularização de novas operadoras de serviços turísticos, com um total de 143 novos estabelecimentos, o que representa desenvolvimento sustentável, geração de emprego e renda nas comunidades.

Em maio de 2019, o Ministério Público Federal (MPF) convocou uma audiência pública para discutir sobre ordenamento do turismo nessas comunidades indígenas do Baixo Rio Negro. Na ocasião foi constituído o Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI), composto pela FEI, Amazonastur, Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Cultura Amazônica da Universidade do Estado do Amazonas (Neicam/UEA), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e sustentabilidade (Semmas), entre outras instituições.

O objetivo do GTI é o de desenvolver ações necessárias com destino à execução de um plano de visitação e ordenamento da atividade turística nas RDSs.

Texto: Ascom Fei