Amazonas pode receber investimento internacional para promover o turismo científico

Foto: Divulgação/Amazonastur

A parceria do Governo do Amazonas com a Embaixada do Brasil em Washington DC, nos Estados Unidos, resultou em mais uma ação positiva para o turismo no Estado. Na quinta-feira (8), o diretor do Museu da Amazônia (Musa), Ennio Candotti, esteve na sede da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur) para confirmar a visita, em dezembro, de uma comitiva do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e representantes do Instituto Smithsonian, que iniciarão estudos para investimentos no turismo científico na região.

A chegada da Comitiva dos representantes do BID e do Instituto Smithsonian está prevista para o dia 11 de dezembro. Na agenda de trabalho estão confirmadas visitas ao Musa, localizado na avenida Margatira, bairro Cidade de Deus, zona Norte de Manaus, e às instalações do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), no bairro Petrópolis, zona centro-sul de Manaus.

Entre os membros da comitiva que visitarão o Amazonas está o ambientalista e biólogo norte-americano especializado em conversão, ecologia e biologia tropical, Thomas Lovejoy, consultor do BID para assuntos relacionados à Amazônia.

“É uma visita muito importante. Eu acho que um dos maiores ativos turísticos do Amazonas é a sua floresta, de quatro milhões de anos. Temos aqui a possibilidade de mostrar a paleontologia da região de 200 milhões de anos. Nós temos cultura que tem registros, já detectados, de dez mil anos, ou seja, temos um potencial importante que precisa ser valorizado e explorado turisticamente de forma responsável”, disse o diretor do Musa, Ennio Candotti.

Iniciativa da gestão Amazonino Mendes – O presidente da Amazonastur, Orsine Junior, comemorou a possibilidade de novos investimentos no setor. “O governador Amazonino Mendes iniciou esse projeto em dezembro do ano passado, na Embaixada do Brasil, em Washington, quando nos reunimos com representantes do BID e do Instituto Smithsonia para prospectar investimentos para o setor. Agora é hora de colher os frutos, afinal, eles vão abrir uma linha de crédito, a fundo perdido, para promover museus e programas de turismo científico e cultural na Amazônia”, completou Orsine.

Equipamento – O diretor do Musa afirmou que já existe um projeto da construção de um museu e que nos próximos dias vai se reunir com o conselho curador do Museu da Amazônia para discutir detalhes da apresentação que será feita à comitiva. “Existe projeto de criar um museu de grande porte na floresta, uma espécie de museu vivo, onde as árvores contam sua história, que justifique e acrescente dois dias na permanência dos turistas em Manaus”, afirmou Ennio Candotti.

Atenção – Segundo Ennio Candotti, a Amazônia tem uma visibilidade maior do que a oferta, que hoje é visível para os turistas. “Quando chegam os turistas eles aproveitam um décimo do que poderiam aproveitar. Passeiam e vão pescar. É muito bonito, mas tem cem vezes mais coisas para ver. Tem tesouros que atraem atenção de outros países, mas para isso temos que saber explorar de maneira correta esse potencial”, finalizou o diretor do Musa.